Costumes de Purim
Presentes aos pobres e aos ente queridos
O Banquete de Purim
"Pareceu-lhe despreciável aos seus olhos levantar
a sua mão contra Mordechai somente, surgindo-lhe destruir todos os judeus que
havia no reino de Achashverosh, por ser o povo de Mordechai" (Meguilat Esther 3:6)
Com estas palavras, demonstrou-nos Haman-uma vez mais-que a morte de cada
judeu, em qualquer lugar onde se encontre, está ligada ao seu povo, como nos
conta o Talmud no Tratado de Meguilá:
“Disse Ravá: Quando Haman pediu para destruir o povo de Israel, lhe
perguntou Achashverosh que temia a resposta de D-us pelo Seu povo; ao que lhe
respondeu Haman: “Ieshnó am echad” (Há um povo), querendo indicar-lhe: “Ishnó”-“Iashnú”
(adormeceram) no cumprimento dos preceitos Divinos; ao que lhe respondeu
Achashverosh: “Ainda há entre eles Rabanim e tzadikim”, e respondeu-lhe
Haman: “Todos eles formam um só povo pelo que os justos pagarão junto com os
transgressores... E o povo em si,
é mefusar unforad (disperso e espairecido) pelo que não tem o mérito da ajuda
Divina”. Então veio a ordem de
Esther a Mordechai: “Vai e reúne todos os judeus de Shushan e que
jejuem por mim”; a solidariedade do povo judeu é a chave do seu destino”.
A história demonstra-nos geração após geração, que nem o sua intensão de
assimilá-los pôde afastar o judeu do seu povo, pelo que a alegria de Purim não
é uma alegria particular senão uma alegria comum a todo o povo de Israel. Portanto, fixaram os nossos Sábios três
preceitos especiais no dia de Purim para chegar a esta alegria:
Mishloach
Manot (envio de comestíveis): devemos enviar pelo menos
dois presentes comestíveis a um amigo, como símbolo da hermandade e amizade
entre os judeus.
Matanot Laevionim (presentes aos pobres):devemos
repartir tzedaká aos pobres -pelo menos a dois deles- demonstrando assim a
preocupação pelos nossos irmãos.
Seudat
Purim (comida festiva): devemos realizar um almoço
festivo, acompanhado de vinho e carne , em sinal da alegria pela salvação
física do nosso povo, onde a obrigação de beber vino é “corar-se” até que não
se possa diferenciar entre as frases: “Bendito Mordechai “ e Malvado Haman”.
Costumamos disfarçar-nos em Purim para confundir os amigos, simbolizando
com essa confusão que o destino da pessoa está nas mãos do Todopoderoso, ainda
que não o apreciemos à primeira vista.
Machatsit HaShékel (o meio shekel): costuma-se dar aos
pobres três moedas equivalente a meio shekel da Torá (ou da moeda do país), em
recordação de meio shekel que doavam na época do Templo para a compra dos
sacrifícios públicos que se ofereciam para implorar pelo nosso perdão e que
começa a recolher-se em princípios do mês de Adar. Ademais, devido a que Haman quis comprar das mãos de
Achashverosh todo o povo de Israel por dez mil moedas de prata para poder
exterminá-los, se impôs este costume para testemunhar que a nossa tzedacá é um
meio mais poderoso que a maldade dos nossos inimigos.
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