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A Torá desde Jerusalém


Parashá Nasso

Comentário sobre a Parashá


“E bendizer-te-á o Eterno e cuidar-te-á.  Iluminará o Eterno o Seu rosto para ti e terá piedade de ti.  Alce o Eterno o Seu rosto para ti e ponha em ti a paz” (Bamidbar (6:24/27)

Com estas palavras o Todopoderoso ordena a Aharon e à sua descendência que mantenha a Sua bênção sobre o povo de Israel, explicando os nossos Sábios que a diferença entre a bênção Divina e a humana, é que o humano procura o momento, pois coloca muito empenho nos extremos, assim como um presente, preocupa-se pelo invólucro e, geralmente, não pela sua duração ou pelo transcendente do mesmo, enquanto que o Todopoderoso não apenas assegura a bênção senão também o seu cuidado.

“E porão o Meu nome sobre os Filhos de Israel e Eu os bendirei”.  A verdadeira bênção, unicamente proveniente do Criador; os humanos, no seu caso os Cohanim, apenas põem o Seu nome, ponto que devemos considerar a todo o momento já que apenas Ele pode alterar a ordem da natureza e aos humanos fica-nos a petição e os factos que demonstram a crença na sua Hasgachá (controle) da natureza e todos os seres criados pois, como disse o Talmud não há quem mova um dedo neste mundo senão recebeu autorização dos Céus.

A famosa e antiga controvérsia entre o determinado (que tudo está controlado pelo Criador) e o livre arbítrio, já foi tratado pelos filósofos gregos que a compararam com o exemplo de um pastor que estando no cume de um monte percebia os acontecimentos que aconteciam na encosta do monte, ao que está claro o erro dessa comparação pois, segundo o exemplo o pastor apenas vê os acontecimentos depois de terem ocorrido e não predispõe os factos por ocorrer.  Os nossos Sábios por seu lado esclareceram o seguinte detalhe: nem o simples mover de um dedo se pode realizar se os Céus não o permitem.

A inteligência humana é incapaz de poder entender conceitos metafísicos baseados em diferentes leis daquelas que conhecemos na física: mas se devemos saber que assim como os corpos se regem por leis e a pedra cai regida e definida pela lei da gravidade, também o mundo espiritual se rege por uma série de leis que o Criador fixou para o seu comportamento.  Assim, como por exemplo, seria um absurdo dar a uma criança a direcção de uma farmácia, pela irresponsabilidade dos seus actos e falta de conhecimentos, também não é costume da metafísica  o que hoje em dia vulgarmente se chama Kabalá, na qual alguns sem entenderem o idioma acreditaram compreender conceitos quase inalcançáveis.

Conceitos como Nazir ou Sotá serão por acaso entendidos facilmente pela pessoa que não possua conhecimento?  Como poderíamos entender que o Dayan que esteve presente no processo de juramento e prova, de uma mulher sobre a qual o marido teve argumentos muito convincentes pelo seu incorrecto comportamento matrimonial, à qual se denomina Sotá?  Esse Dayan (Juiz), símbolo da correcção na sua conduta e na crença sobre a verdade da Torá, depois  de ter visto todo o processo com os acontecimentos não naturais que o acompanharam, se vê obrigado a afastar-se da sociedade e do vinho por trinta dias.  Não apenas afastar-se da sociedade e não beber vinho nem seus derivados, senão que atrás desse processo tem que trazer um sacrifício de expiação!

A influência dos actos que acontecem ao nosso redor, é muito mais forte do que acreditamos: ”os olhos vêm e o coração deseja”, assim disseram os nossos Sábios.  Esse é o caminho dos prazeres, onde n o invólucro as cores são o mais importante que o conteúdo.  O lar deixou de ser a razão da família.  Disse o Tana: “nunca telefonei para minha casa, a minha casa senão à minha mulher e nunca telefonei à minha mulher, à minha mulher senão a minha casa”.  Mais que nunca e na actualidade, deveria ser realidade o dito dos nossos Sábios: “A maior educação de um menino, provém de sua casa”.  A casa converteu-se numa estação de comboio, entre umas férias e outras, ou no melhor dos casos numa pousada para dormir, onde cada inquilino tem o seu quarto com todas as suas necessidade incluídas, “para não incomodar o vizinho”.

A rua converteu-se numa meta, deixou de ser a passagem para se converter na razão.  Os restaurantes, os centros comerciais, as distracções, a internet, aa telecabo, os quase infinitos meios de comunicação, ...etc.  Esse sem-fim de instrumentos que se inventaram para nos facilitar a vida e podermos ter mais tempo para cada um e para os seus, têm sido os causadores de que cada vez disponhamos de menos tempo.

A bênção da Torá, à diferença das pseudo bênçãos que a tecnologia nos oferece, não apenas nos promete a bênção senão também cuidarmo-la para que não se converta em tropeço.  “Yevarechechá Hashem VeYishmerecha”, “Bendirte-á Hashem e cuidar-te-á”.

Shabat Shalom

Rab. Shlomó Wahnón

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