A Torá desde Jerusalém
Parashá Massei
Livro Bamidbar / Numeros (33:1 a 36:13)
Resumo da Parashá
Moshé registou por escrito o trajecto do Povo de Israel através do deserto
desde o momento em que partiram do Egipto até a sua chegada às planícies de
Moav. Os israelitas acamparam em
quarenta e dois lugares diferentes durante os seus quarenta anos de deambular.
Depois de ter expulsado os habitantes de Canaã, o povo recebeu a ordem para
destruir todo o rasto de idolatria
nesse território. A terra seria
destruída por partes proporcionais pelo número de membros de cada tribo. Foram designados dez dirigentes, um por
cada uma das respectivas tribos. A
eles juntamente com Yehoshua e Elazar, o Cohén Gadol, confiou-lhes a entrega
equititativa da terra. Os Leviim
não receberam nenhum território.
Por isso foi-lhes outorgado quarenta e oito cidades de ambos os lados do
Jordão.
Seis dessas cidades, três de cada lado desse rio, foram instituídas como
arei miklat (cidades de refúgio).
Elas foram utilizadas como asilo para qualquer pessoa que tivesse matado
outra acidentalmente, permitindo-lhe assim escapar à acção vingadora dos
parentes do morto. Depois de um
assassinato acidental, aquele que o consumou podia fugir para essas cidades de
refúgio, de onde seria levado perante um tribunal. Se os juízes decidissem que se tratava de um caso
intencional, a pessoa seria entregue ao vingador da vítima (um parente
próximo).
Por outro lado, qualquer pessoa que cometesse um assassinato deliberado, seria executado. Também, se o crime não fora premeditado
e não tinha uma intenção maligna, aquele que o realizou tinha que permanecer na
cidade de refúgio até à morte, salvo que tivesse duas testemunhas que se atribuíram
ao assassino. A sentença de morte
por assassinato premeditado não poderia ser comutada por intermédio do
pagamento de dinheiro, nem tampouco podia o assassino por acidente, livrar-se
do exílio na cidade de refúgio com esse subterfúgio.
Relata a parashá que os dirigentes da família de Guilad, da tribo de Manashé, delinearam o problema da terra herdade por filhas, tais como as de Tzelofchad. Se estas mulheres se casavam com membros de outras tribos, as suas propriedades perderam-se para a sua tribo original e passariam às novas. Então, isto levaria à redução das possessões da tribo à qual pertencem as mulheres. O problema foi resolvido com decisão de que tais casos, a herdeira devia casar-se com um membro da tribo do seu pai. E isto é o que aconteceu, justamente, no caso das tribos de Tzelofchad, que se casaram com os seus próprios primos.
www.mesilot.org yeshiva@mesilot.org